Quarta, 17 de março de 2010


Os Cinco Poderes Espirituais (parte 1)



Esta semana te convidamos a estudar três dos cinco poderes espirituais.

O que a maioria das pessoas chama poder, os budistas chamam desejos. Os cinco desejos são a riqueza, fama, sexo, comida refinada, e muito sono. No Budismo, nós falamos dos cinco verdadeiros poderes, cinco tipos de energia. Os cinco poderes são fé, diligência, plena consciência, concentração e insight. Os cinco poderes são a fundação da real felicidade; eles estão baseados em práticas concretas que nós aprenderemos.

No texto em anexo (clique aqui) o Thay comenta sobre a que é ter um caminho que o conduz à liberdade, liberação e a transformação das aflições. O segundo poder é a diligência que é praticar regularmente, diariamente, com o apoio de sua família, amigos e comunidade. O terceiro poder é a plena consciência que é a energia de estar atento ao que está acontecendo no momento presente.

Um texto importante de budismo. Após a leitura do texto completo (clique aqui) participe comentando em nosso blog compartilhando como você pode desenvolver esses poderes em você. Basta clicar aqui.



Entrevista de Thay para Oprah Winfrey (parte 4)



Oprah: Qual foi a razão pela qual você não foi autorizado a regressar ao seu país?

Thay: Durante a guerra, as partes beligerantes todas declararam que queriam lutar até o fim. E nós tentávamos falar sobre a reconciliação entre irmãos, e por isso, não éramos tolerados.

Oprah: Então, quando você se tornou um homem sem um país, fez uma casa em outros países.

Thay: Sim.

Oprah: E os Estados Unidos era um deles.

Thay: Sim.

Oprah: Como você conheceu Martin Luther King?

Thay: Em junho de 1965, escrevi a ele uma carta explicando por que os monges no Vietnã se imolavam. Eu disse que não era um suicídio. Eu disse que, em situações como a do Vietnã, para fazer ouvir a sua voz era difícil. Às vezes temos que queimar-nos a fim de sermos ouvido. É por compaixão que você faz isso. É um ato de amor e não de desespero. E, exatamente um ano depois que eu escrevi essa carta, eu o conheci em Chicago. Tivemos uma conversa sobre a paz, liberdade e comunidade. E nós concordamos que, sem uma comunidade, não poderíamos ir muito longe.

Oprah: Quanto tempo durou a conversa?

Thay: Provavelmente cinco minutos ou menos. E depois disso, houve uma conferência de imprensa, e ele se declarou muito fortemente contra a guerra no Vietnã.

Oprah: Você acha que foi um resultado da sua conversa?

Thay: Acredito que sim. Continuamos nosso trabalho, e da última vez que o encontrei foi em Genebra, durante a conferência de paz.

Oprah: Vocês dois falam nessa ocasião?

Thay: Sim. Ele convidou-me para o café da manhã, para conversarmos sobre esses problemas novamente. Eu fui pego em uma conferência de imprensa no andar de baixo e cheguei atrasado, mas ele manteve o café da manhã quente para mim. E eu disse a ele que o povo do Vietnã chamava-o de bodhisattva, ser iluminado, por causa do que ele estava fazendo pelo seu povo, seu país e o mundo.

Oprah: E o fato de que ele estava fazendo isso sem violência.

Thay: Sim. Esse é o trabalho de um bodhisattva, um buda, sempre com compaixão e não violência. Quando eu soube da sua morte, eu não pude acreditar. Eu pensei: "O povo americano produziu King, mas não foram capazes de preservá-lo." Eu fiquei um pouco irritado. Eu não comi, não dormi. Mas minha determinação de continuar a construir uma comunidade continuou sempre. E eu acho que eu senti o seu apoio sempre.

Oprah: Sempre.

Thay: Sim.

(Continua na próxima semana)


A Hora do Planeta



Não deixe de participar no dia 27 de março da Hora do Planeta. Neste dia entre 20:30hs e 21:30hs todos estão convidados a apagarem todas as luzes de sua casa como forma de chamar a atenção do mundo para as causas ambientais, em especial o aquecimento global.

Este ano 100 cidades participarão e no Rio de Janeiro até o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar serão apagados demonstrando o apoio da cidade a esta causa.

Faça a sua parte, participe, demonstre seu apoio através desse gesto simples, não violento e emblemático.


Estar Consciente do Aqui e Agora



Enquanto a doença não tenha passado rente a nós, a vida parece infinita e acreditamos que sempre haverá tempo para lutarmos pela felicidade. Antes preciso obter meus diplomas, receber meus créditos, é preciso que as crianças cresçam, que eu me aposente ... mais tarde pensarei na felicidade. Adiando sempre para o dia seguinte a busca do essencial, corremos o risco de deixar a vida escoar entre nossos dedos, sem jamais tê-la de fato saboreado.

É essa curiosa miopia, essas hesitações, que o câncer vem por vezes abalar. Devolvendo à vida sua verdadeira fragilidade, ele lhe restitui seu autêntico sabor. Algumas semanas depois de receber o diagnóstico de câncer no cérebro, tive o sentimento estranho de que tinham acabado de retirar as lentes cinzentas que velavam minha vista.

Um domingo à tarde, eu olhava Anna no pequeno cômodo ensolarado de nossa minúscula casa. Ela estava sentada no chão, ao lado de uma mesa baixa, tentando traduzir poemas do francês para o inglês, com um ar concentrado e calmo. Pela primeira vez eu a via como ela era, sem me perguntar se eu devia ou não preferi-la em vez de uma outra. Eu via simplesmente sua mecha de cabelo caindo graciosamente quando ela inclinava a cabeça sobre o livro, a delicadeza de seus dedos segurando tão levemente a caneta. Estava surpreso por nunca ter notado a que ponto as imperceptíveis contrações de seu queixo, quando ela tinha dificuldade para encontrar a palavra que procurava, podiam ser comovedoras. Tinha a impressão de vê-la de repente tal como ela era de fato, liberada de minhas questões e minhas dúvidas. Sua presença se tornava inacreditavelmente enternecedora. O simples fato de poder partilhar aquele instante me surgia como um privilégio imenso. Como eu pudera deixar de vê-la assim antes?

- David Servan-Schreiber (do livro "Anticâncer")

Oitavo Treinamento da Ordem Interser - Comunidade e Comunicação



Consciente que a falta de comunicação sempre traz separação e sofrimento, comprometo-me a treinar a mim mesmo na prática do ouvir compassivo e da fala amorosa. Aprenderei a ouvir profundamente sem julgar ou reagir evitando proferir palavras que possam criar discórdia ou causar ruptura na comunidade. Farei todo o esforço para manter a comunicação aberta e reconciliar e resolver todos os conflitos, mesmo os pequenos.