Quarta, 3 de abril de 2013

O sofrimento depende de nossas percepções



O texto dessa semana (clique aqui) nos convida a nos olharmos como co-responsáveis pelo nosso sofrimento. Se olharmos profundamente para o nosso sofrimento, podemos nos perguntar o que fizemos, ou ainda estamos fazendo, que contribui para ele. Isso não significa que o nosso sofrimento não seja real, só que nós podemos diminuí-lo, em vez de fazê-lo crescer e que podemos transformá-lo.

Thay ensina que muito do nosso sofrimento depende de nossas percepções. Sempre que nós não conseguimos o que queremos, vemos isso como sofrimento. Mas a verdade é que às vezes nós conseguimos o que queremos e sofremos ainda mais. Talvez não fosse o que pensávamos, ou muda algo em nossa vida para pior. Às vezes, depois de receber a coisa que pensávamos que queríamos, nós não a valorizamos mais e queremos algo mais.

Estude o texto e pratique.
Participe de nosso blog com seu insight. Basta clicar aqui.


Meditação frequente faz com que o cérebro fique mais atento e funcional



A pesquisadora Elisa Kozasa, do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, é bióloga com pós-doutorado em Psicobiologia pela Unifesp e descobriu que a prática regular de meditação “economiza” neurônios porque mantém o foco em exercícios de atenção. Praticante de aikido há 32 anos, ela acredita que o grande trunfo seja relaxar em momentos de estresse.

De acordo com sua pesquisa, pessoas que meditam usam menos neurônios para executar as mesmas tarefas. É como se estas pessoas “economizassem” o cérebro?

Sim, entre aspas seria isso sim. Essas pessoas recrutam menos áreas cerebrais para executar as mesmas tarefas de atenção. É como se as pessoas que meditassem regularmente tivessem um cérebro mais eficiente para desempenhar estas tarefas.

- Leia mais sobre esse assunto no site de O Globo

Julgamento



Para expressar sua raiva, você deve primeiro justificar-se. Você tem que se convencer de que essa raiva é merecida, correta, apropriada. No processo mental da raiva, é como se um julgamento acontecesse em seu cérebro.

O acusado senta-se no banco dos réus de sua mente. Você é o promotor. Você sabe que ele é culpado, mas, para ser honesto, tem que primeiro provar isso para o júri, que é a sua consciência. Você realiza uma reconstrução gráfica daquele crime terrível que foi cometido contra você.

A promotoria acusa o réu de malícia, infidelidade e crueldade nas intenções. E ainda aproveita para relembrar vários outros crimes que foram realizados contra você, para convencer sua consciência de que o acusado não merece cerimônia.

Num tribunal de verdade, o réu também poderia contar com um advogado que falaria em sua defesa. Em sua mente, contudo, esse processo existe apenas para justificar a sua raiva. Você não quer ouvir desculpas patéticas, explicações absurdas e nem mesmo quer que implorem o seu perdão. O advogado de defesa não pode falar. Com base em sua argumentação parcial, você constrói um caso convincente. E pronto! Isso é mais que suficiente. Sua consciência bate o martelo e - bam! - o réu é culpado. Agora, sinta -se à vontade para liberar sua raiva.

Há muitos anos, esse era o processo que eu via acontecer em minha mente quando ficava bravo. Parecia tão injusto. Então, da outra vez em que quis ficar com raiva de alguém, fiz uma pausa e permiti que o "advogado de defesa" falasse. Pensei em desculpas plausíveis e em explicações prováveis para o comportamento dos outros. Dei importância para a beleza do perdão. Descobri que minha consciência não se permitiria mais dar o veredicto de culpado a ninguém. Tornou -se impossível julgar o comportamento dos outros. A raiva, não mais justificada, perdeu seu alimento e morreu.

- Ajhn Brahm