Domingo, 31 de maio de 2015

Objeto da Oração



O que a maioria de nós quer quando faz uma oração? Queremos uma boa saúde. Em segundo lugar, queremos o sucesso em tudo o que fazemos. A terceira coisa que a maioria das pessoas quer é bons relacionamentos ou amor. Jovens e velhos, de qualquer país do mundo, a maioria de nós quer estas três coisas.

Essa semana sugerimos a leitura (clique aqui) de um texto onde Thich Nhat Hanh nos diz que as pessoas que dedicaram suas vidas a prática espiritual também rezam por saúde, sucesso e harmonia, mas essas coisas sozinhas não são suficientes. Se estivermos praticando e oramos apenas para saúde, sucesso e bons relacionamentos, nós ainda não somos praticantes autênticos. Um praticante autêntico tem que rezar em um nível mais profundo.


Leia o texto (clique aqui) e participe de nosso blog com seu insight. Basta clicar aqui.

Plena Atenção - Mindfulness



O estado mental de “Mindfulness” pode ser induzido ao focarmos nossa atenção intencionalmente na experiência de cada momento (no”presente” ou no “agora”), numa atitude aberta, curiosa e não-julgadora.

Esse estado mental pode ser treinado por meio de técnicas ou exercícios meditativos e psicoeducativos, os quais são parte fundamental das Intervenções Baseadas em “Mindfulness” (“Mindfulness-based Interventions“).

As Intervenções Baseadas em ”Mindfulness” têm sido bastante estudadas cientificamente, e seus benefícios podem ajudar pessoas com diagnósticos de câncer, ansiedade, depressão, dor crônica, cardiopatias, entre outros transtornos relacionados ao “estresse”; bem como indivíduos considerados “saudáveis”, mas com níveis elevados de “estresse” em seu dia-a-dia , como profissionais, estudantes e atletas.

- http://mindfulnessbrasil.com/

Impermanência



Um famoso mestre aproximou-se do portal principal do Palácio do Rei.
Nenhum dos guardas tentou pará-lo, constrangidos, enquanto ele entrava e dirigia-se ao trono onde o rei em pessoa estava solenemente sentado.
"O que vós desejais?" perguntou o Monarca, imediatamente reconhecendo o distinto visitante.
"Eu gostaria de um lugar para dormir aqui nesta hospedaria," replicou o sábio.
"Mas aqui não é uma hospedaria, bom homem, "disse o rei, divertido, "Este é o meu palácio."
"Me permita perguntar-te: a quem pertenceu este palácio antes de ti?" questionou o mestre.
"Meu pai. Ele está morto", disse o monarca.
"E a quem pertenceu antes dele?"
"Meu avô," disse o rei já bastante intrigado, "Mas ele também está morto."
"Sendo este um lugar onde pessoas vivem por um curto espaço de tempo e depois partem – me dizes então que aqui NÃO É uma hospedaria?"
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Comentário:
Nosso lar verdadeiro é o coração. Onde moramos, outros ali estiveram e muitos outros ali irão estar. Tijolo e pedra caem, e mesmo o mais antigo e belo palácio não passa de uma estalagem onde pessoas, pensamentos, sentimentos, palavras e atos passam para o esquecimento ou simples recordação.
É bom estar em casa. Mas aprenda esta bela lição: usufrua de sua casa com plenitude, sabendo que ela nunca será realmente sua.
Como a brisa passa por todos os lugares sem pedir licença, também o tempo e a impermanência fazem passar as construções feitas de madeira e pedra, barro, aço ou cimento.
Mas se formos capazes de realmente compreender qual o real valor da existência, aprenderemos a encontrar santuário em nossos corações.
Nas mentes abrigadas em esclarecimento ficam os afetos, as descobertas, aprendizagens, sabedorias. Nas mentes perdidas em si mesmas, sobram ignorâncias, rancores, ódios e cobiça.
Assim, eu pergunto: onde habita seu coração, onde está a sua mente?
Eis a mais importante verdade. De resto, tudo passa.

- Monge Komyo

Voar além de nós mesmos



“Não há nada seguro neste mundo”, era o que dizia Buda.
Há quem tenha casa, carro, emprego e se sinta como o naufrago sem eira nem beira. Não ouve, não vê, não cheira. Perde o contato com a realidade, vive na fantasia da depressão, da solidão, da angústia, da raiva, da revolta. Vítima de si mesmo, culpa a tudo e a todos.
A culpa é do partido político, é do governo, é do povo. A culpa está em toda parte, menos em si mesmo. E todos são julgados e decretados culpados. Apenas o eu menor, cheio de si mesmo, preso ao seu corpo de dor, sente a sua grandeza. “Ninguém sofre como eu sofro.”
De certa forma, é verdade. O sofrimento de cada pessoa é único e o maior de todos, pois é o seu. Entretanto, se e quando somos capazes de sair do casulo individualista, podemos abrir as asas devagar e, talvez com certa dor, voar além de nós mesmos.
Esse é o ensinamento de Buda, o ensinamento Zen.

- Monja Coen