Sábado, 10 de janeiro de 2015

Sofrer não basta



O sofrimento, as ansiedades, o medo, a raiva fazem parte da vida. Não há nada errado em sentir ou passar por essas experiências. O budismo, no entanto, nos convida a não nos deixar ser dominados por essas experiências e nos ensina práticas de como podemos transformar esses sofrimentos em felicidade

Nesse primeiro texto de 2015 (clique aqui), Thich Nhat Hanh nos mostra que não devemos deixar que o sofrimento nos subjugue. Ele afirma que temos que entrar em contato com as maravilhas da vida que estão em nós e ao nosso redor disponíveis a todo momento. Ele ensina que mesmo a vida sendo dura; mesmo sendo difícil, às vezes, é preciso sorrir... devemos tentar.

Não deixe de ler (clique aqui). Depois divida seu insight e suas dúvidas sobre o texto em nosso blog. Basta clicar aqui.



Estado de saúde de Thich Nhat Hanh



No dia 3 de janeiro saiu mais um comunicado oficial de Plum Village sobre o estade de saúde de Thich Nhat Hanh. Nas últimas 3 semanas gradualmente Thay vem acordando e seus olhos ficam abertos a maior parte do dia. Os médicos já afirmam que ele saiu do coma. Ele responde a estímulos verbais e é capaz de sorrir mas infelizmente ainda não é capaz de falar e andar. Há planos para que ele seja transferido para uma clínica de reabilitação em breve para que esse quadro possa ser revertido.

Projeto de Sangha em BH



A Ana Massini, que mora em Belo Horizonte e já participou de retiro de verão com Thich Nhat Hanh está interessada em criar um sangha em Belo Horizonte. Quem estiver interessado em se juntar a ela pode entrar em contato pelo e-mail anamasi@yahoo.com.br.

É uma grande oportunidade para os diversos simpatizantes do Thay na capital mineira se juntarem em um grupo de prática.

Segredo da Plena Felicidade



Perguntou o monge ao velho mestre: "Que grande sabedoria aprendeste ao longo de tua virtuosa existência?"
"Aprendi a ser só", replicou o mestre.
"Então, viver em sabedoria significa não se envolver com o mundo?"
"Muito ao contrário! Viver só significa estar completamente envolvido na maravilha da existência, como um homem que não teme mergulhar fundo em um caudaloso rio".
"Mas...", perguntou o monge, confuso, "como posso ser só e viver entre as coisas e pessoas? Ao mergulhar neste rio, mais uma vez irei sucumbir ao Samsara vicioso e viciante da existência condicionada!"
"Ah," - disse o velho mestre - "mas aquele mergulho implica em um verdadeiro milagre: o mergulhador está livre de suas cobiças, ódios e delusões, e a nada se prende. Assim, mesmo mergulhando fundo no rio, sai dele completamente seco, intocado: ele sabe que mergulhar plenamente na vida significa saber tocar o mundo com equanimidade e consciência, mas jamais se deixar perder em seu verdadeiro ser... eis o carreto modo de viver sozinho: saber-te sempre livre em ti mesmo, desprendido de coisas e pessoas mesmo estando uno com elas. Somos todos unos, mas livres de qualquer apego entre nós..."
"Mergulhando assim na vida, jamais serei atingido pela ignorância dos homens?"
O mestre olhou suavemente para o monge, e disse: "Mergulhando assim, serás atingido pela compreensão de que Samsara é Nirvana! A ignorância habita sempre atua mente condicionada; não culpes o mundo por tuas próprias limitações."
E o velho mestre concluiu: "Ao mergulhares na vida livre de apegas ou aversões, serás atingido pela liberdade aonde realmente importa: teu coração e tua mente. Eis o segredo da plena felicidade..."

- Conto Zen - Monge Kõmyõ (circa 2006, revisado e ampliado em 2014)