Terça, 19 de abril de 2016

Abraçando a raiva



Nesse momento de grande divisão e discórdia na sociedade, precisamos desenvolver a consciência de forma a perceber quando a raiva se manifestou em nós. Se deixarmos nossa raiva sozinha, causará estrago para nosso corpo, para nossa mente e talvez para o nosso entorno. Portanto precisamos abraçar nossa raiva, reconhecê-la, aceitá-la e assim transformá-la.

No texto sugerido (clique aqui) Thich Nhat Hanh nos ensina que se alguém nos faz sofrer, é porque esta pessoa também está sofrendo. Alguém que não sabe lidar com seu sofrimento permitirá que ele vaze, e nos tornaremos vítimas do seu sofrimento. Sabemos que alguém que sofre tanto assim precisa de ajuda e não punição. Quando começamos a ver isso, a compaixão nasce, e não sofremos mais. Compaixão é o antídoto para a raiva. Uma vez que estamos motivados pelo desejo de ajudar a outra pessoa a sofrer menos, estamos livres de nossa raiva.

Após ler o texto (clique aqui) divida conosco seu insight em nosso blog. Basta clicar aqui.

Para acalentar



Eu seguro minha face com minhas duas mãos
Não, não estou chorando.
Eu seguro minha face com minhas duas mãos
Para manter a solidão acalentada–
Duas mãos protegendo,
Duas mãos nutrindo,
Duas mãos evitando,
Minha alma de me deixar
Na raiva.

- Thich Nhat Hanh

Problema externo



Quando nossos pacientes praticam apenas o "ficar com a dor", seu relacionamento com essa dor pode se alterar drasticamente porque a aceitam conscientemente com o intuito de mudar - não como "dor", mas sim como mera sensação a ser enfrentada pelo que é, embora contenha elementos desagradáveis (...), em vez de ficar aprisionado pensando nela e tentando fazê-la desaparecer. Muitas vezes, sem nenhuma tentativa de livrar-se dela, a dor pode com o tempo arrefecer, não raro de maneira impressionante.

Em geral quando você sente que tem um problema "externo" a solucionar e não vê ou não quer ver nenhuma relação possível entre "você próprio" que tenta solucioná-lo e a verdadeira natureza do problema, acaba por não examiná-lo acuradamente, em sua inteireza. Como consequência, você poderá estar, de maneira involuntária, contribuindo para eternizar a situação indesejada, impedindo-a de evoluir e talvez dissipar-se.

- Dr. Jon Kabat-Zinn

Ira



Aprendi, graças a uma amarga experiência, a única suprema lição: controlar a ira. E do mesmo modo que o calor conservado se transforma em energia, assim a nossa ira controlada pode transformar-se em uma função capaz de mover o mundo. Não é que eu não me ire ou perca o controle. O que eu não dou é campo à ira. Cultivo a paciência e a mansidão e, de uma maneira geral, consigo. Mas quando a ira me assalta, limito-me a controlá-la. Como consigo? É um hábito que cada um deve adquirir e cultivar com uma prática assídua.

- Gandhi