Domingo, 28 de fevereiro de 2021

Apagando o fogo da raiva



Quando alguém diz ou faz algo que nos deixa com raiva, sofremos. Temos a tendência de dizer ou fazer algo de volta para fazer o outro sofrer, na esperança de que soframos menos. Muitos de nós estamos inclinados a acreditar nessa prática infantil. O fato é que quando fizer o outro sofrer, ele tentará encontrar alívio fazendo você sofrer mais. O resultado é uma escalada de sofrimento de ambos os lados. Ambos precisam de compaixão e ajuda. Nenhum de vocês precisa de punição.

No texto (clique aqui) que sugerimos essa semana Thich Nhat Hanh ensima como você pode transformar o lixo da raiva na flor da compaixão. Muitos de nós podemos fazer isso em apenas quinze minutos. O segredo é continuar a prática da respiração consciente, a prática da caminhada consciente..

Conheça essa prática (clique aqui) tão importante e busque colocá-los na sua vida. Se quiser compartilhe seu insight em nosso blog. Basta clicar aqui.

Conto Zen



Há uma história indiana de um homem que era um ateu e agnóstico, um raríssimo tipo de postura na Índia. Ele era uma pessoa que desejava livrar-se de todas as formas de ritos religiosos, deixando apenas a essência da direta experiência da Verdade. Ele atraiu discípulos que costumavam se reunir a seu redor toda semana, quando ele falava a todos sobre seus princípios. Após algum tempo eles começaram a se juntar antes do mestre aparecer, porque eles gostavam de estar em grupo e cantar juntos.

Eventualmente foi construída uma casa para as reuniões, com uma sala especial para o mestre agnóstico. Após sua morte, tornou-se uma prática entre seus seguidores fazer uma reverência respeitosa para a agora sala vazia, antes de se entrar no salão. Em uma mesa especial a imagem do mestre era mostrada em uma moldura de ouro, e as pessoas deixavam flores e incenso lá, em respeito ao mestre.

Em poucos anos uma religião tinha crescido em torno daquele homem, que em vida não praticava nada disso, e que, ao contrário, sempre disse aos seus seguidores que ficar preso a estas práticas levava freqüentemente a pessoa a se iludir no caminho da Verdade.

Dharma vivo



O dharma deveria ser o dharma vivo. Um livro sobre o dharma é também o dharma, mas não é o dharma vivo. O dharma vivo é visto na nossa vida diária. Enquanto você caminha, você senta, você sorri, você trabalha, você fala, o dharma deveria te ajudar a ser mais alegre, mais calmo, mais compassivo, mais amistoso e quando os outros vêem isto, reconhecem como o dharma vivo.

-- Thich Nhat Hanh