Quinta, 20 de janeiro de 2011


Um Coração Pacífico



Como podemos ter paz no mundo se nossos corações não estão em paz? Antes de pensarmos em objeivos grandiosos porque não olhamos para nós mesmos e percebemos as sementes de guerra que existem em nós, a raiva, a frustração a inveja, o medo. São essas sementes existentes em todos nós que levam a pensamentos e modos de ver o mundo que são as causas das guerras. Não há um caminho para a paz, a paz é o caminho.

No texto sugerido (clique aqui) Thich Nhat Hanh faz uma reflexão sobre a guerra do Golfo de 1991. Usando várias citações de Jesus, ambos nos falam sobre não-discriminação, perdão, evitar a matança inclusive em nosso pensamento e sobre a vingança.

Aproveite os ensinamentos e faça uma reflexão sobre a paz na sua cidade, no seu edifício ou vizinhança. Como usar estes ensinamentos para pacificá-la antes que começe uma guerra urbana? Se tiver algum insight lendo o texto(clique aqui) divida-o conosco, escreva em nosso blog. Basta clicar aqui.



Meditação



Há um artigo muito interessante sobre meditação na revista Vida Simples. Está disponível para todos na internet (clique aqui).

Na matéria há citações ao mestre Thich Nhat Hanh:

"Em todos os livros do monge vietnamita Thich Nhat Hanh há um ensinamento que é sempre destacado: a importância da conscientização de cada ato da nossa rotina diária. Para ele, a meditação não se dá apenas nos centros, mas nos pequenos atos do dia-a-dia, como ao arrumar a cama ou ao andar."

"Thich Nhat Hanh diz que, como os bebês, precisamos aprender a andar de novo – de maneira mais vagarosa, com mais alegria e naturalidade. “Se prestar atenção, poderá observar todas as preocupações e ansiedades das pessoas impressas no chão enquanto andam. Nossos passos são em geral pesados, cheios de apreensão e medo”, diz o monge. Um jeito de reeducar cada passada é ficar atento ao contato dos pés com o solo. Existe até uma imagem poética para essa interação: caminhar como se estivesse beijando a terra com os pés. "

“Quando praticamos a meditação andando, chegamos a todo momento. Nosso verdadeiro lar é o momento atual. Nele, nossas queixas e preocupações desaparecem e descobrimos a vida”, diz em seu livro Meditação Andando o monge vietnamita Thich Nhat Hanh, grande divulgador da prática.

Compartilhando Plum Village



Durante os Retiros de Verão, uma vez por semana costumamos ter uma sessão de perguntas e respostas com o Thây. Os participantes -- começando pelas crianças, depois os jovens e enfim os adultos -- encaminham-se até junto do mestre, e ao microfone fazem uma pergunta, compartilhada com toda a Sangha.

Em 2008, lembro-me de uma menininha que sentou-se junto do Thây e perguntou-lhe se ele era casado.
-- Não, eu não sou casado.
-- Mas você tem filhos? -- ela perguntou.
Thây pensou um instante, e com expressão divertida disse:
-- Sim, eu tenho filhos e filhas.
A menina surpreendeu-se.
-- Quantos?
Após uma breve pausa, Thây respondeu:
-- Um milhão -- e lançou seu olhar doce sobre a platéia, que naquele Retiro de Verão costumava ser de mil pessoas por semana.

A menina exlamou Oh!, e mostrou-se verdadeiramente surpresa, olhando-o deslumbrada. E quando todos pensavam que ela se daria por satisfeita, surpreendeu a todos com uma nova pergunta -- normalmente, o costume é que cada participante faça uma única pergunta.
-- E você sabe o nome de todos eles?
Thây refletiu antes de responder algo como:
-- Não de todos. Alguns estão mais próximos e eu convivo todos os dias. Desses eu sei o nome. Outros não ficam sempre perto de mim, mas mesmo assim de muitos deles eu sei o nome.

E havia mais por parte da menininha:
-- E você tem casa para todos esses filhos?
Thây olhou-a divertido.
-- Acho que temos uma jovem repórter, aqui... -- e depois de um silêncio, complementou -- É, eu tenho uma casa para um milhão de filhos...


Não estou transcrevendo, mas sim citando de memória, então perdoem-me a inexatidão e a contaminação da minha própria percepção

Pareceu-me que Thây falava de Plum Village, aberta a praticantes de todo o mundo, como a casa para um milhão de filhos e filhas. Falava também de seu coração. Falava dos ensinamentos do Buda. Falava da própria sangha.

Cada Sangha do Thich Nhat Hanh é essa casa na qual ele é o pai espiritual. Se você pratica, e souber olhar ao redor e dentro de si mesmo, encontrará essa casa.

(...)Desfrute da sua própria atenção, do seu olhar e da sua respiração -- aqui e agora.

E talvez você se dê conta -- Você chegou, você está em casa.

- Marcelo Abreu (Do blog Compartilhando Plum Village - http://compartilhandopv.blogspot.com/)

Dogmas



Parem de ser dominados por dogmas e autoridade; olhem para o mundo!

- Roger Bacon (1290)


Flexibilidade



Mudança, para melhor ou para pior, sempre demanda coragem. Abandonar velhas idéias, que em geral nos trazem uma confortável sensação de segurança e controle, não é nada fácil. Mas quando nos deparamos com as obras de Galileu, Kepler, Newton, Faraday, Maxwell, Boltzmann e tantos outros, fica claro que uma das características mas importantes dos grandes cientistas e artistas é a sua independência intelectual (que produz flexibilidade).”

- Marcelo Gleiser