Sexta, 5 de agosto de 2011

Carma



Você já deve ter ouvido muito a palavra carma. É uma palavra que acabou entrando na linguagem cotidiana como sinônimo de destino (em geral ruim). Sugerimos essa semana que você leia o texto (clique aqui) de Thich Nhat Hanh onde ele ensina o que é na verdade o conceito de carma.

Carma é uma palavra que traduzida literalmente significa ação, e ela pode ser expressa em termos de pensamento, fala ou ação corporal. Estamos produzindo carma (ações) o tempo todo e todo ele vai em direção ao futuro. Nós continuamos através de nossas ações, e no futuro colheremos o resultado delas.

É no aqui e agora que temos o poder de modelar nossa continuação. Nossa continuação não será algo no futuro. Nossa continuação acontece bem aqui e neste exato momento. Por isso você ainda tem a soberania de determinar seu futuro. Se tiver feito algo bom, você fica satisfeito. Você diz “eu posso continuar a produzir mais pensamento, mais fala, mais ação do mesmo tipo. Porque eu estou assegurando um bom futuro para mim e para meus filhos.” E se por acaso você tiver produzido algo negativo, você sabe que é capaz de produzir coisas de natureza oposta para corrigi-lo, para transformá-lo. Livre arbítrio é possível no aqui e agora.

Divida seu insight e suas dúvidas sobre o texto (clique aqui) em nosso blog. Basta clicar aqui.

Sebo virtual



Várias pessoas me perguntam sempre sobre livros do Thay que estão fora de catálogo e são impossíveis de achar em livrarias. Livros como "A Essência dos Ensinamentos do Buda", "Aprendendo a Lidar com a Raiva" são muito procurados e não são mais editados.

Uma opção para achar esses livros é o site Estante Virtual. Nesse site é possível consultar a disponibilidade de sebos em todo o Brasil. Eu mesmo já comprei uma ou duas vezes e consegui livros difíceis de encontrar. Há vários livros do Thay nesse site. Vale a consulta.

Biodiversidade cai



Atualmente, mais de 19 milhões de quilômetros quadrados de terras e 2,5 milhões de quilômetros quadrados de oceanos são dedicados a preservar habitats e ecossistemas. Pode parecer muito, mas corresponde a apenas 5,8% das terras e 0,08% dos mares do mundo, respectivamente. Mas a pior noticia é que, segundo uma nova pesquisa, toda essa área de preservação não está conseguindo evitar a perda de biodiversidade na Terra.

O relatório, de autoria de Camilo Mora e Peter Sale, publicado no periódico Marine Ecology Progress Series, aponta que, nos últimos 50 anos, o número de áreas preservadas cresceu e chega hoje a mais de 100 mil. No entanto, esse aumento não está sendo suficiente para impedir a extinção de espécies, que é a maior dos últimos 500 milhões de anos.

“A rede global de áreas protegidas é uma grande conquista, e o ritmo na qual foi alcançada é impressionante. Áreas protegidas são ferramentas de conservação muito úteis, mas infelizmente, a rápida taxa de perda de biodiversidade indica a necessidade de reavaliar a nossa forte dependência dessa estratégia”, sugere Sale, que é diretor assistente do Instituto para Água, Meio Ambiente e Saúde da Universidade das Nações Unidas no Canadá.

- Fonte: site Instituto Carbono Brasil

Não Dualidade



No ocidente vocês têm lutado por muitos anos com o problema do mal. Como é possível que o mal exista? Parece ser difícil para a mente ocidental entender. Mas à luz da não-dualidade, não há problema. Tão logo a idéia de bem esteja presente, a idéia de mal estará também. Buda precisa de Mara de forma a poder se revelar e vice-versa. Quando você percebe a realidade desta forma, não discrimina contra o lixo em benefício da rosa. Você cuida dos dois. Você precisa de ambos direita e esquerda de forma a ter um ramo. Não tome lados.

-Thich Nhat Hanh

Místico



Tu, MÍSTICO, vês uma significação em todas as cousas.
Para ti tudo tem um sentido velado.
Há uma coisa oculta em cada coisa que vês.
O que vês, vê-lo sempre para veres outra coisa.

Para mim, graças a ter olhos só para ver,
Eu vejo ausência de significação em todas as coisas;
Vejo-o e amo-me, porque ser uma coisa é não significar nada.
Ser uma coisa é não ser susceptível de interpretação.

- Fernando Pessoa