Quarta, 14 de setembro de 2011

Tomando conta de nossos relacionamentos



Você consegue ser feliz sabendo que a pessoa que você ama não está feliz? Você consegue fazer alguém feliz se não estiver feliz? Depois de cuidar de nós mesmos, nos sentiremos muito melhor. Então podemos dar o segundo passo e ir para nosso parceiro, amigo ou colega de trabalho para tomar conta dele. Temos que tomar conta de nós mesmos antes que possamos amar e tomar conta de alguém.

No texto sugerido (clique aqui) desta semana Thich Nhat Hanh ensina que para cuidar dos nossos amados precisamos ouvir profundamente e de forma compassiva. Fazendo isso podemos aliviar o seu sofrimento. Thay também explica a prática do Começar de Novo que pode ser aplicada sempre que precisarmos restaurar algum relacionamento.

Aprenda com o texto (clique aqui) busque colocar a na sua vida as práticas sugeridas e divida seu insight em nosso blog. Basta clicar aqui.

Estudos apontam que há uma relação entre enchentes, secas e furacões e o aquecimento global



Se a incerteza da ligação entre eventos meteorológicos extremos como enchentes, secas e furacões com as mudanças climáticas é uma desculpa para você não acreditar no aquecimento global, é melhor arranjar outro argumento para ser cético. Pesquisas publicadas no último ano indicam que em alguns casos há sim relação entre estes fenômenos pontuais e as alterações climáticas. Agora, os cientistas procuram descobrir se é possível então prever tais eventos, e quais deles são consequência das ações humanas e quais não são.

Para fazer a correlação, os estudiosos observam ferramentas de estatística e modelos climáticos, que nos últimos anos foram muito aperfeiçoados graças às evoluções tecnológicas, que permitiram um estudo muito mais detalhado do clima, embora ainda difícil.

Com essas tecnologias, estudos como os que analisaram a grande enchente que aconteceu no Reino Unido em 2000 e as chuvas intensas ocorridas no Hemisfério Norte na segunda metade do século XX conseguiram detectar uma relação entre fenômenos climáticos extremos e as mudanças climáticas. Já outros, como o que observou a grande onda de calor que ocorreu na Rússia em 2010, descobriram que o fenômeno não foi causado pelo aquecimento global.

- Fonte: www.institutocarbonobrasil.org.br

Impermanência



Saudade

Já escutava a voz da mãe mesmo antes de abrir os olhos. Por algum tempo, aquele colo era tudo o que queria. O som de ninar. Até poder ficar no chão.

Quando conseguiu alcançar o brinquedo ficou toda alegre. Ainda queria aquele colo. Alcançar o mundo era bem mais interessante. Até conseguir correr.
Correr por correr. Correr para se divertir. Correr é bem melhor do que andar. Cochilar, sonhar, sorrir. Até aprender a falar.

Quando aprendeu a falar, logo logo aprendeu a perguntar. Não é incrível como tudo tem um porquê? Para aprender, é preciso escutar. Sim, NÃO, Mais NÃO do que Sim. Quando viu, já era uma mocinha.

Uma pequena senhorita, como dizia sua avó. Brincou de boneca, brincou de casinha, brincou de trabalhar. O tempo passa muito rápido quando a gente pode brincar.
Um belo dia se apaixonou. E no outro, se decepcionou. Correu para o colo da mãe, tagarelou com as amigas, fez perguntas ao diário. A moça sabia correr da tristeza e alcançar o mundo era bem mais interessante. Até que aprendeu a amar.

A mulher teve uma boneca. Montou uma casa. Começou a trabalhar. Relógio, planos e malas. O tempo passa rápido quando a gente precisa caminhar.

Deu colo, repondeu perguntas, disse mais não do que sim. Aprendeu mais uma vez a escutar. Aprendeu a amar.

O tempo passa rápido quando a gente precisa sonhar. E a mulher virou uma senhora, cheia de histórias para contar. Quem queria escutar? Se pudesse, ela correria. Agora mal conseguia andar.

Sentada na sua casinha, depois de abraçar o mundo e voltar, nada a deixaria mais alegre do que poder escutar de novo aquele ninar. Sentir aquele colo, poder fechar os olhos e nunca mais se importar com o tempo que corre. Corre por correr, corre para se divertir, e nem se importa em avisar.

-Renata M. Cardoso (uma talentosa escritora, além de grande amiga)

Chá



Você bebe o chá, talvez você aprecie o chá que bebe, e ao fim a caneca se esvazia. Então, pode olhar a caneca e achar que ela está vazia, e lamentar o chá que acabou -- ou dar-se conta de que o chá está em você, tornado você -- você e o chá, irmanados. Você bebe o chá e ele não se acaba -- ele passa a viver em você. E se você viver cultivando amor, paz, bondade, atenção, carinho, calma, poderá dizer que é nestas coisas maravilhosas que o maravilhoso chá terá se transformado. E assim terá valido a pena beber chá, terá valido ao chá ter sido bebido -- e plantado, colhido, preparado. Terá valido a pena viver -- seja como chá, seja como você. Agora, que diferença ainda há?

- Marcelo Abreu (grande amigo e um dos coordenadores da Sangha de São Paulo)