Segunda, 26 de março de 2018

De onde viemos?



Nosso grande medo é que quando morrermos nos tornaremos nada. Muitos de nós acreditam que nossa existência inteira é apenas o nosso tempo de vida, começando no momento que nascemos ou fomos concebidos e termina no momento que morremos. Acreditamos que nascemos do nada e que quando morremos nos tornaremos nada. E, portanto, estamos cheios do medo da aniquilação.

O texto dessa semana (clique aqui) diz que quando você perde um ente querido, você sofre. Mas se souber como olhar em profundidade, tem a chance de perceber que a natureza dele é a do não nascimento e não morte. Há manifestação e há a cessação da manifestação. Você tem que ser muito perspicaz e muito alerta para reconhecer as novas manifestações de uma pessoa. Mas com a prática e com esforço você pode fazer.

Se tiver algum insight lendo o texto (clique aqui) divida-o conosco, escreva em nosso blog. Basta clicar aqui.

Continuação da manisfestação



Suponha que você esteja impressionado com uma nuvem em particular no céu. Quando for a hora dessa nuvem se tornar chuva, você não mais verá a nuvem e chorará. Mas se você souber que a nuvem se transformou em chuva e a chuva está chamando você:

-Querido, eu estou aqui, eu estou aqui.

Se você tem esse tipo de capacidade de reconhecer a continuação dessa manifestação não terá que viver em desespero e em pesar. É por isso que para aqueles que perderam alguém próximo eu aconselho que olhem profundamente para dentro de si e vejam que aquele ente próximo está ainda presente, de alguma forma, e com a prática do olhar em profundidade podem reconhecer sua presença muito perto de si mesmo.

-Thich Nhat Hanh

Somos uma continuação



Aprecie essa linda canção de Plum Village que fala da continuidade da vida. Tanto somos a continuação de nossos ancestrais de sangue como a continuação de nossos ancestrais espirituais. Para assistir o vídeo clique aqui.

Minha mãe, meu pai
Estão ambos em mim
E quando eu olho
Eu percebo a mim mesmo neles

O Buda, os patriarcas
Eles estão em mim
E quando eu olho
Eu percebo a mim mesmo neles

Eu sou uma continuação
Da minha mãe, do meu pai
Eu sou uma continuação
De todos os meus ancestrais de sangue

É minha aspiração
Preservar e continuar a nutrir
Sementes de bondade, sementes de habilidades
Sementes de felicidade que eu herdei

É também meu desejo reconhecer
As sementes de medo e sofrimento
Que eu herdei
E pouco a pouco transformá-las

Eu sou uma continuação
Do Buda e dos patriarcas
Eu sou uma continuação
De todos os meus ancestrais espirituais

É minha aspiração profunda
Preservar, desenvolver e nutrir
Sementes de entendimento, sementes de amor
Sementes de liberdade que eles me transmtiram

Na minha vida diária, também quero semear
sementes de amor e compaixão
Na minha consciência
E no coração de outras pessoas

Eu estou determinado a não regar
Sementes de desejo, aversão e violência em mim
Eu estou determinado a não regar
Sementes de desejo, aversão e violência nos outros

Com resolução e compaixão
Deixo surgir essa aspiração
Possa minha prática ser uma oferenda do coração
Possa minha prática ser uma oferenda do coração