Quinta, 6 de Dezembro de 2007

Os Cinco Poderes Espirituais (parte 1)

Esta semana te convidamos a estudar três dos cinco poderes espirituais.

O que a maioria das pessoas chama poder, os budistas chamam desejos. Os cinco desejos são a riqueza, fama, sexo, comida refinada, e muito sono. No Budismo, nós falamos dos cinco verdadeiros poderes, cinco tipos de energia. Os cinco poderes são fé, diligência, plena consciência, concentração e insight. Os cinco poderes são a fundação da real felicidade; eles estão baseados em práticas concretas que nós aprenderemos.

No texto em anexo (clique aqui) o Thay comenta sobre a que é ter um caminho que o conduz à liberdade, liberação e a transformação das aflições. O segundo poder é a diligência que é praticar regularmente, diariamente, com o apoio de sua família, amigos e comunidade. O terceiro poder é a plena consciência que é a energia de estar atento ao que está acontecendo no momento presente.

Um texto importante de budismo. Após a leitura do texto completo (clique aqui) participe comentando em nosso blog compartilhando como você pode desenvolver esses poderes em você. Basta clicar aqui.

Caminhada Meditativa no Rio - este domingo

Coloque em sua agenda: neste domingo, dia 9 de dezembro, às 9:30hs haverá caminhada meditativa no Jardim Botânico do Rio de Janeiro organizado pela Sangha Viver Consciente. Antes da caminhada haverá exercícios e relaxamento com a professora Fátima. O ponto de encontro é a portaria perto do estacionamento. Você é nosso convidado! Venha caminhar conosco!

Sanghinha Virtual - O Eremita e o Poço

Essa semana vamos dividir com você e suas crianças o texto do Thay onde ele conta a história do encontro dele com o Buda dentro dele.

O Eremita e o Poço

"Quando eu era uma criança como você, vivia no Norte do Vietnã, na província de Thanh Hoa. Quando eu tinha 9 anos de idade, achei uma revista com desenhos em preto e branco do Buda na capa. Ele estava sentado na grama. Sentava de modo bonito e parecia muito pacífico e feliz. Sua face era calma e relaxada, com um leve sorriso. Eu olhei para a figura do Buda e aquilo me fez ficar em paz também."

"Mesmo sendo um garoto pequeno, eu percebi que as pessoas a minha volta não eram habitualmente calmas e pacíficas daquele modo. Portanto quando vi o Buda parecendo tão pacífico e feliz apenas sentando na grama, eu quis ser como ele. (...) "

Para ler o texto completo clique aqui.

Conto Zen

Por que palavras?

Um monge aproximou-se de seu mestre - que se encontrava em meditação no pátio do Templo à luz da lua - com uma grande dúvida:
"Mestre, aprendi que confiar nas palavras é ilusório; e diante das palavras, o verdadeiro sentido surge através do silêncio. Mas vejo que os Sutras e as recitações são feitas de palavras; que o ensinamento é transmitido pela voz. Se o Dharma está além dos termos, porque os termos são usados para defini-lo?"
O velho sábio respondeu:" As palavras são como um dedo apontando para a Lua; cuida de saber olhar para a Lua, não se preocupe com o dedo que a aponta."
O monge replicou: "Mas eu não poderia olhar a Lua, sem precisar que algum dedo alheio a indique?"
"Poderia," confirmou o mestre, "e assim tu o farás, pois ninguém mais pode olhar a lua por ti. As palavras são como bolhas de sabão: frágeis e inconsistentes, desaparecem quando em contato prolongado com o ar. A Lua está e sempre esteve à vista. O Dharma é eterno e completamente revelado. As palavras não podem revelar o que já está revelado desde o Primeiro Princípio."
"Então," o monge perguntou," por que os homens precisam que lhes seja revelado o que já é de seu conhecimento?"
"Porque," completou o sábio, "da mesma forma que ver a Lua todas as noites faz com que os homens se esqueçam dela pelo simples costume de aceitar sua existência como fato consumado, assim também os homens não confiam na Verdade já revelada pelo simples fato dela se manifestar em todas as coisas, sem distinção. Desta forma, as palavras são um subterfúgio, um adorno para embelezar e atrair nossa atenção. E como qualquer adorno, pode ser valorizado mais do que é necessário."
O mestre ficou em silêncio durante muito tempo. Então, de súbito, simplesmente apontou para a lua.

Pema Chodron

[...] A transformação somente ocorre quando nos lembramos, a cada expiração, ano após ano, de irmos ao encontro da nossa angústia emocional, sem condenar ou justificar nossa experiência.

[...] Na meditação sentada, praticamos abandonar qualquer história que estejamos contando para nós mesmos e nos inclinar para o lado das emoções e do medo. Dessa maneira, treinamos abrir nosso coração amedrontado à inquietação da nossa própria energia. Aprendemos a permanecer com a experiência da nossa angústia emocional.

[...] Ocupar-nos da nossa mente e corpo, do momento presente, é uma maneira de sermos gentis para conosco, com o outro e com o mundo. Essa qualidade de atenção é inerente à nossa capacidade de amar.


- Pema Chodron (retirado do site http://paraserzen.blogspirit.com)