Segunda, 12 de junho de 2017

Vinte e quatro horas novinhas em folha



No texto sugerido Thich Nhat Hanh (clique aqui) nos ensina que todas as manhãs, quando acordamos, temos vinte e quatro horas novinhas em folha para viver. Temos a possibilidade de viver de uma forma que essas vinte e quatro horas tragam paz, alegria e felicidade a nós mesmos e aos outros.

A paz está presente aqui e agora em nós mesmos e em tudo o que fazemos e vemos. A questão é estar ou não em contato com ela. Não precisamos fazer uma longa viagem para admirar o azul do céu. Não precisamos sair da cidade ou sequer da nossa vizinhança para apreciar os olhos de uma linda criança. Até mesmo o ar que respiramos pode ser uma fonte de alegria. Podemos sorrir, respirar, caminhar e fazer nossas refeições de uma forma tal que nos permita entrar em contato com toda a felicidade que existe a nosso dispor.

Somos muito bons na preparação para a vida, mas não o somos na vida em si. Sabemos sacrificar dez anos em troca de um diploma e nos dispomos a trabalhar duramente para obter um emprego, um carro, uma casa e assim por diante. Temos, porém, dificuldade para nos lembrarmos de que estamos vivos no presente momento, o único momento que existe para estarmos vivos. Cada respiração, cada passo pode estar repleto de paz, alegria e serenidade. É necessário apenas que estejamos despertos, vivos no momento presente.

Divida conosco seus insights após a leitura do texto completo (clique aqui) participando em nosso blog. Basta clicar aqui.

Sobre a compaixão



A palavra "compaixão" não reflete muito bem o verdadeiro significado de karuna. O prefixo "com" significa "junto" e "paixão" significa "sofrer". Assim, ser compassivo significa sofrer junto com a outra pessoa. Contudo, karuna não implica sofrimento. Karuna é a capacidade de aliviar o sofrimento. É a capacidade de aliviar o sofrimento em você mesmo e na outra pessoa. Se você souber praticar a respiração consciente, abraçar com ternura sua dor e tristeza, olhar profundamente a natureza do sofrimento, poderá transformar esse sofrimento e gerar alívio. Você não precisa sofrer e não precisa sofrer com o outro. Ambos podem praticar desta forma.

Vamos supor que você seja um médico cheio de compaixão. Quando um paciente vem ao consultório queixando-se de dor e medo, mesmo sendo um bom médico você não precisa sofrer com ele para ser amável.

Temos que saber a diferença entre vontade de amar e capacidade de amar. Talvez você seja motivado pela vontade de amar, mas se essa for sua única motivação, a outra pessoa sofrerá. Neste sentido, a vontade de amar ainda não é amor. Muitos pais amam os filhos. Mesmo assim, fazem com que eles sofram em nome do amor. Raramente conseguem compreender o sofrimento, as dificuldades, esperanças e aspirações dos filhos. Precisamos nos perguntar, "Será que estou realmente amando essa pessoa com base na compreensão que tenho dela ou simplesmente projetando minhas próprias necessidades?"

O amor não é simplesmente a intenção ou vontade de fazer alguém feliz, mas a capacidade de fazê-lo. Essa capacidade de amar é algo que precisamos aprender e cultivar. Olhe para dentro de si e reconheça o sofrimento que existe dentro de você. Se você conseguir reconhecer, abraçar e transformar seu sofrimento e suas dificuldades, estará amando a si mesmo. Com base nessa experiência, conseguirá ajudar o outro a fazer o mesmo, gerando um sentimento de alegria e felicidade."

- Thich Nhat Hanh, em "Fidelity: How to Create a Loving Relationship that Lasts". (Trad. Denise Kato)

Orar



Orar não é pedir. Orar é a respiração da alma.

-Gandhi